A praga do século XXI pode ter causado a morte da menina. Tentando ser "politicamente correta", a polícia usou balas de borracha contra um marginal armado e perigoso. E restou a menina morta. O erro foi não ter usado um sniper e acabado com o vagabundo, quando tiveram chance. E a história da outra menina, que ainda precisa ser esclarecida. Ela mais parece uma cúmplice que uma refém. Por que voltaria para o apartamento? Para o marginal poder descansar enquanto ela vigiava a polícia? O PoPa acredita nas versões da polícia, que não tinha combinado que ela entraria no apartamento e que somente invadiu após o primeiro tiro. O erro policial foi exatamente o medo da mídia no local, a reação popular se eles matassem o vagabundo. Como sempre acontece, a mídia entrevista algumas pessoas que conheciam o vago: "Ele era um menino bom até o domingo à noite. Depois disso, deixou todo mundo revoltado. Deu a palavra de que não iria ocorrer nada e aconteceu essa covardia". "Ninguém mais quer saber dele por aqui. A gente até tentava entender o que se passou: um garoto apaixonado que perdeu a cabeça. Agora que ele fez isso com a menina, vai ter de pagar". Ou seja, se ele fosse morto pela polícia, estas mesmas pessoas estariam defendendo o bandido, que tinha dado a palavra.
Mas, o que está feito, está feito. Lição para a próxima...
3 comentários:
A irresponsabilidade também está tomando conta da chamada mídia. Acontece que esse rapaz, o tal Lindenbergue é um alucinado, e pelo que demonstrou é sim, bastante perigoso. O pior de tudo é que ele, ao se ver na televisão, assumiu, obviamente, uma nova postura e no controle da situação.
Achou-se um artista ou uma personalidade em destaque durante as cem horas que durou o seqüestro com o fim trágico das duas jovens. A polícia avaliou mal. Mas, acredito, o pior foi a demora para que a mesma polícia acabasse com o seqüestro. E, dessa forma, Lindenbergue, pelo que mostrava a televisão, crescia em poder, e barbárie.
A imprensa deveria registrar os acontecimentos, mas não dar essa visibilidade ao marginal. Digo marginal, pois a sua atitude foi de marginal. Em nome de um amor louco, estragou a vida da ex-namorada, além de traumatizar a outra moça, também ferida a bala no rosto e já fora de risco de morte.
Outro fator que me chamou a atenção é que o tal Lindenbergue namorara a moça há três anos. Quando começaram a namorar ele tinha 19 anos e ela – pasmem! – 12 anos. Uma criança. Está aí também, uma deformação na educação das crianças. Enfim, em tudo, nesse caso, está uma sucessão de erros gritantes.
Enquanto isso, o sensacionalismo da imprensa para conquistar pontos de audiência com a desgraça alheia. É preciso um Código de Ética para esse tipo de cobertura jornalista.
Sem proibição. A imprensa tem que ser livre. Mas responsável.
Lamentavelmente, a menina, de apenas quinze anos faleceu. Uma tragédia, sem dúvida. Mas, não tem outros culpados, a não ser o Lindenbergue Alves.
Abs
ônibus 174. Situação semelhante. Ao telefone com o comandante da operação, o governador do Rio de Janeiro. Orientação: não usar atirador de elite.
Santo André. Sequestro mais longo da história do país. Seis chances de tiro de precisão para eliminar o alvo. Nada aconteceu. Estamos a duas semanas do segundo turno eleitoral.
A verdade é que um tiro na cabeça televisionado ao vivo para todo país é uma cena grotesca. Pessoas importantes poderiam ser prejudicadas.
Alguém precisa perguntar ao comandante se em algum momento durantes as negociações, ele manteve contato com alguém do governo estadual.
O comandante das operações deve sim ser responsabilizado pelos erros cometidos durante a tragédia.
Esta é uma questão a ser estudada e aplicada nos treinamentos policiais. Quem negocia com o marginal não pode sofrer influências de fora, seja da cúpula da polícia, seja do governador ou prefeito ou presidente ou até mesmo da imprensa. O espaço tinha que estar livre. Como pode se pensar em um tiro de precisão na frente de câmaras de tv? Pelo menos, não ao vivo...
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