A falta de meios de transporte não nos reduz à imobilidade, mas redunda em mais tempo e criatividade para nos colocarmos em marcha. Assim é, que Havana está cheia de carros remendados que não passariam em uma inspeção técnica razoável e que nas províncias, a tração animal voltou a ser o veículo mais usado.
Em minha viagem a Pinal del Río, fiz uma pequena série fotográfica sobre as chamadas "aranhas". Carroças de duas rodas, a meio caminho entre a biga romana e a rústica carreta. Sem estes artefatos alternativos, seria impossível a mobilidade e o comércio entre muitas pequenas localidades de Cuba. Existem centenas de "espécies" destes aracnídeos sulcando os caminhos e as estradas, levando os mais diversos - e muitas vezes ilegais - produtos. Com rodas de velhos caminhões soviéticos, decoradas com cores chamativas ou cobertas com precários toldos contra a chuva e o sol, todas são fruto da necessidade e do atrevimento. Expressam o desespero de uma população que não pode adquirir veículos em nenhuma concessionária, mas que ainda assim se nega a deter sua marcha.
3 comentários:
Mas as carroças, Popa, vão ser retiradas de Porto Alegre.... em 2.016. Também sou fã da Yoani. Dizem que ela é agente da CIA. Já disseram que eu também sou agente da CIA...
Seria ótimo, não Maia? Dizem que a Cia paga bem!!! :-)
Sobre as carroças o PoPa já fez um comentário onde levanta suspeitas de onde irão parar os cavalos inservíveis. Algo em torno de 80 cavalos deverão morrer por semana em Porto Alegre, sem que se ache nenhum morto pelas ruas, rios e terrenos... Churrasquinho de gato para que, se temos fonte de carne muito maior?
Aqui em Nilópolis os cavalos "pastam" pelas ruas. Como não há aquele capim verdinho que se vê na sua última foto, eles se distraem estourando os sacos de lixo que aguardam recolhimento. Um absurdo.
Essa cubana é mesmo um fenômeno. Mil, dois mil comentários por post, como já vi, não é brincadeira.
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