Vivo em uma utopia que não é minha. Diante dela, meus avós se ajoelharam e meus pais entregaram seus melhores anos. Eu, a levo sobre os ombros sem poder tirá-la.
Alguns que não a vivem, tentam convencer-me - à distância - que devo conservá-la. Todavia, resulta alienante viver uma ilusão alheia, carregar o peso do que os outros sonharam.
Aos que me impuseram - sem consultar-me - esta miragem, quero advertir-lhes, desde agora, que não penso em repassá-la aos meus filhos.
Não bate um certo remorso em quem quer que isto continue?
Um comentário:
Popa, a Yoami é uma grande escritora, também. Muito bom o texto e a tradução.
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