Sobre a famigerada lei de fronteira, que o PoPa já comentou por aqui, LPT fez uma declaração em Porto Alegre (Na ZH):
— Não tem nenhum sentido uma área delimitada de fronteira de 150 quilômetros. Antigamente tinha justificativa porque se pensava em guerra com a Argentina [quando? No século 18, talvez?]. Mas também a gente não pode mudar a lei demarcando a área de fronteira e permitir que apenas o pinho e o eucalipto surjam ali [e mudar a lei para fazer uma megafusão de operadoras telefônicas estrangeiras, pode?]. É preciso pensar uma forma mais justa de desenvolvimento. É preciso pensar numa forma de desenvolvimento que não envolva apenas uma fábrica. Que envolva milhares de pequenos agricultores.
Bem, se ele reconhece que isto não tem sentido, por que não emite uma medida provisória acabando com esta bobagem? E não é verdade que a região quer o fim desta lei imbecil por causa da plantação de eucaliptos. Este fato apenas colocou o assunto em pauta, pois há muitos anos a região luta para acabar com este absurdo legal, que emperra o desenvolvimento da região. Nada a ver com plantações de pinus e eucaliptos! E o que seria uma forma "mais justa" de desenvolvimento? Onde ele vai colocar estes "milhares de produtores", já que o governo não dá opções para os que aqui estão? Quem terá plantado esta idéia na cabeça de LPT? Existem milhares de pequenos produtores em nossa região. Aliás, a maior concentração de minifúndios da América Latina está aqui na nossa região. E o que acontece com eles? Onde estão as opções para que eles consigam sobreviver e proporcionar condições de vida adequadas a seus filhos, para que eles continuem na terra? Por que o sistema insiste em tirar estas pessoas do campo, ao mesmo tempo em que traz "agricultores" de outras regiões para fazer baderna por aqui?
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