sábado, 3 de novembro de 2007

História do Brasil


Trecho do livro “Orvil”:

Ainda em setembro do mesmo ano (1970), a VPR emitiu um comunicado “Ao Povo Brasileiro”, onde tenta justificar o assassinato do tenente Mendes, no qual aparece o seguinte trecho:

“A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pode ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado a morrer por coronhadas de fuzil e assim o foi, sendo depois enterrado”.

Alguns meses mais tarde, em 8 de setembro de 1970, Ariston Oliveira Lucena, que havia sido preso, apontou o local onde o Tenente Mendes estava enterrado. As fotografias tiradas de seu crânio atestam o horrendo crime cometido.

Seus assassinos:

_ o ex-Capitão Carlos Lamarca morreu na tarde de 17 de setembro de 1971, no interior da Bahia, durante tiroteio com forças de segurança;

_ Yoshitane Fugimore morreu em 5 de dezembro de 1970, em São Paulo, durante tiroteio com as forças de segurança;

_ Diógenes Sobrosa de Souza e Ariston Oliveira Lucena foram anistiados em 1979 e vivem livremente no Brasil; e

_ Gilberto Faria Lima fugiu para o exterior e desconhece-se o seu paradeiro atual.

O tenente Mendes era um jovem de 25 anos. O livro Orvil está disponível para download no site “A Verdade Sufocada” (link ao lado). Leitura obrigatória para quem quer entender um pouco da história do Brasil nos conturbados anos da ditadura militar.

Imagem: Tenente Mendes, um herói da PMESP

Um comentário:

Anônimo disse...

Li no blo do COTURNO NOTURNO referência sobre o livro ORVIL e cá estou,uma paulistana,casada e morando a 30 anos em Niterói e inconformada com a situação política do País.Gostei de vir aqui.Prazer em conhecer mais este espaço democrático.Dora Jardim