O STF concluiu seu trabalho e determinou que a fidelidade partidária é um fato inconteste. Mas deixou algumas brechas no seu parecer final: se o infiel demonstrar que sofria de perseguições políticas ou coisas do gênero, poderá se safar. Além disso, como o PoPa já tinha comentado, os que desertaram antes de 27 de março estão fora desta.
Mas, ao contrário do que se espera em um sistema eficiente, justo e rápido, os infiéis provavelmente vão concluir seus mandatos sem grandes problemas, pois a eles será dado amplo direito de defesa e prazos beeeem dilatados...
Mas é interessante observar as explicações de alguns juízes, como Joaquim Barbosa, que se notabilizou com a relatoria dos 40 (texto do Estadão): "partidos são meros instrumentos pelos quais o poder se exerce". E afirmou que o povo vota no candidato, não nos partidos políticos. "Ao fazer opção por essa partidocracia, o que o TSE fez foi alijar o eleitor do processo", argumentou. O PoPa até simpatiza com a idéia de que o povo vota no candidato e não nos partidos, mas acha que - para valer de fato esta afirmativa - os eleitos deveriam ser os mais votados! Sempre! Sem essa de usar dos votos de legenda! Ao usar os votos de legenda, os candidatos estão usando os partidos...
Vejam a situação daqueles que foram eleitos pelo PRONA, na esteira do falecido Enéias. Deputados eleitos com pouco mais de 200 votos!!! E ainda trocaram de partido!!! E qual portoalegrense não se lembra de Jussara Cony que, em 1988, foi a vereadora mais votada do Estado e não levou porque seu partido não conseguiu votos suficientes?
4 comentários:
Eles estão loucos para fazer o voto em lista...daí estamos ralados!!!
O Joaquim Babosa pisou na bola com seu voto. Eu não entendo isto, os caras tem todo o tempo do mundo para acharem uma desculpa mais ou menos coerente e se saem com uma destas. Acertastes na veia ao mostrar a total incoerência do voto do juiz Joaquim.
Tens razão, Tita! Este fantasma das listas ainda não foi descartado e pode assombrar o Brasil novamente. Como fazer uma reforma política com este congreço (com cedilha, mesmo)? A única saída seria uma arbitragem internacional para recompor a proporcionalidade, em primeiro lugar e depois o retorno à federação, com mais liberdade para os estados (e dinheiro, claro). A centralização é o grande mal que estamos enfrentando e que não parece ter fim. Aliás, parece que está se fortificando a cada dia!
Na real, isto realmente me deija enojado. Nem durante a "redentora", vi o que está acontecendo atualmente no Brasil. Pobres gerações futuras, que terão que reerguer estepaís...
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