segunda-feira, 11 de junho de 2012

CLIC para acender… nunca para apagar


O PoPa repassa o texto que convoca a um evento tecnológico em Havana. Segundo os organizadores, não será debatida a forma de governo da ilha sequestrada - até porque não teriam como fazer isto, às barbas do regime totalitário de Raul Castro. Mas é um começo. A tecnologia será a responsável pela libertação do povo cubano, sem dúvida. Ao conseguir levar às pessoas a informação correta, a tecnologia colocará o regime sob pressão. Democracia por lá ainda vai demorar, mas eles terão que aliviar o pé pesado do comunismo e dar mais liberdade ao povo.

CLIC para acender… nunca para apagar

 do blog da Yoni Sanchez - Generacion Y

Quinta-feira passada foi feita a convocação para um evento sobre novas tecnologias e redes sociais que acontecerá em Havana de 21 a 23 de junho deste ano. Sob o nome de Festival Clic queremos nos reunir para falar de novas tendências na web 2.0 e também para abordar os desafios que temos pela frente quanto ao uso destas ferramentas de difusão e comunicação. Interessa-nos especialmente a futura projeção de Cuba como um país inserido na modernidade tecnológica e também tentar responder a interrogação do que fazer para se acelerar o momento em que cada cidadão deste país acessará o ciberespaço plenamente.
O evento é apoiado por várias organizações, grupos e pessoas da sociedade civil, porém não é comprometido com os interesses particulares de nenhum deles. Não tem caráter ideológico nem político, senão tecnológico. Não está planejado como uma tribuna para queixas do que nos ocorre mas sim como um espaço propositivo o amanhã. O que não impede que levantemos nossa voz contra a dura realidade de sermos a nação com menor conectividade a web deste hemisfério. Não incorreremos em nenhum tipo de segregação política nem utilizaremos nenhuma peneira ideológica para selecionar os participantes, muito menos cairemos nas exclusões que outros encontros anteriores de blogueiros e twiteiros cubanos sofreram. O Festival Clic não terá uma declaração final insultando ou desqualificando ninguém e menos ainda proporemos a Web como um campo de batalha contra nenhum outro grupo, evento ou tendência. Como na mesa do poeta Walt Whitman neste evento há espaço para todos, sem exceção. Nos próximos dias serão feitos os convites via e-mail e pessoalmente, mesmo que todos os que tenham lido este texto já possam se sentir convidados.
Os principais apoios com que contamos são a energia, o talento e a operosidade de muitas pessoas. Os recursos que serão empregados durante esses três dias provêm dos próprios organizadores e dos participantes. De modo que NENHUM partido, governo ou instituição financiou o evento, participou da realização do seu programa nem influiu na idéia inicial de fazê-lo ou não fazê-lo. Mas sim, temos recebido palavras de alento e o apoio emocional de centenas de internautas, cidadãos comuns, tradutores voluntários e demais amigos. Também há que se ressaltar a solidariedade e a difusão brindada pelo Evento Blog  España (EBE) que nos tem dado ajuda com a criação da página web e nos tem inspirado com seu exemplo de pluralidade e debate.
Temos pela frente um par de semanas decisivas para a qualidade do Festival CLIC. Por isso queria pedir a todos os leitores em nome dos vários organizadores que nos ajudem com quanta idéia lhes ocorra. Vossas colaborações podem ir desde enviar uma comunicação aos participantes ou incluí-la nos debates, até nos ajudar a difundir o evento. Um post num blog, um curto tweet com a etiqueta #festivalclic ou uma simples mensagem de alento e lhes ficaremos sumamente agradecidos. Cativar-nos-ia levar o conhecimento do que acontecerá nesses três dias a todo cidadão que esteja interessado no tema. Se por estes dias algum turista estrangeiro que esteja de visita a Ilha quiser participar conosco, também estarão abertas as portas do Festival Clic para o mesmo. Essa visibilidade e transparência serão a melhor proteção com que poderemos contar.
Pressinto que a tecnologia e o conhecimento sairão ganhando!
Festival CLIC de 21 a 23 de junho
Calle 1ra #4606 entre 46 e 60, Playa
Cidade de Havana
@FestivalCLIC
#FestivalCLIC
“Acesse o programa do evento aqui

sábado, 2 de junho de 2012

Parabens, Reinaldo Azevedo - Seis anos de blog na Veja!

Quando um blog chega aos seis anos com um conteúdo que já rendeu dois livros e está no prelo com um terceiro, temos que dar o devido crédito. É um blog com leitores.

Se este mesmo blog acumula milhares de leitores diariamente (entre 100 e 150 mil, chegando a picos de mais de 200.000) não dá para dizer que é um blog parcial e tendencioso. Leitores podem suportar pequenos deslizes mas não o tempo todo e o abandonariam, certamente, não fosse cioso da verdade e muito bem escrito. É preciso que se tenha em mente, no entanto, que jornalistas de opinião são... jornalista de opinião! Eles precisam apresentar aos seus leitores, sua posição social e política. E até religiosa. E isso não é ser tendencioso, é ter opinião, defendê-la, e não desviar dependendo dos ventos sociais e políticos.

Se este mesmo blog acumula milhões de comentários podemos afirmar que ele é um polemista mas que também desperta, em seus leitores, o desejo de reafirmar o que foi dito ou de contestar, dentro de parâmetros civilizados, o que lá está  registrado.

Se um jornalista (detesto o termo blogueiro) escreve textos quilométricos em um espaço da internet e, mesmo assim, consegue leitores, é um espanto que deveria fazer parte de algum tema acadêmico. O PoPa gosta, particularmente, de saborear as preciosidades linguísticas do escriba. Muitas vezes, relê o mesmo texto para perceber a minúcia, o detalhe, a perfeição do português, tão espancado por tantos jornalistas nestes dias complicados.

Quando um presidente orgulha-se de não ter estudado e declara não ler livro algum, a pátria culta perde um pouco de seu conteúdo. Quando políticos de várias origens não se importam em falar errado, podemos atribuir ao despreparo de sua formação escolar. No entanto, quando jornalistas não têm apreço ao falar corretamente, quando não prestam atenção aos que vai ser lido e absorvido pelos seus leitores, então temos um problema muito sério. Se é para ter controle da mídia, que se faça um controle linguístico, proibindo-se textos mal escritos. Que tal um controle como os que eram feitos nos jornais de antigamente, com severos códigos de ética e com revisores rígidos que não deixavam passar bobagens, ilegalidades e erros grosseiros?

O PoPa não tem esta obrigação de escrever bem e correto. Com pouco mais de dez leitores em cada um dos seus textos, a responsabilidade é bem menor! Mas, mesmo assim, tem o cuidado de não espancar a língua madre!